terça-feira, 26 de janeiro de 2016

1ª Atividade Externa: Circulando pelo Roteiro Geo-Turístico

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Concentração do público para o Roteiro Geo-Turístico. Museu Forte do Presépio - Belém/PA.


        A primeira atividade externa do grupo foi marcada para a 10ª edição do Projeto Circular Campina – Cidade Velha realizado no dia 17 de Janeiro. O grupo percorreu grande parte do Centro Histórico de Belém sob a mediação do Roteiros Geo-Turísticos, Projeto de Extensão da Faculdade de Geografia e Cartografia da Universidade Federal do Pará. Coordenado pela Profª Dra. Maria Goretti Tavares, tem como objetivo, implementar ações voltadas para práticas de turismo histórico, cultural e patrimonial que incentivam o olhar sobre a memória sócio-espacial da cidade Belém.
 
Grupo Jovem de Pesquisa em Patrimônio Cultural – DPHAC/SECULT no Roteiro Geo-Turistico. Feira do Açaí - Belém/PA.
           As sensações e experiências que se seguiram durante o roteiro, demonstram a importância de iniciativas que promovam a mobilização social com o objetivo da apreciação de nosso patrimônio. O grupo segue com atividades e participações em ações culturais, venha participar do Grupo Jovem de Pesquisa em Patrimônio Cultural. Estamos com edital aberto até 19 de fevereiro! Mande uma mensagem para jovempatrimonio@gmail.com que encaminharemos as informações.
 
          Rua Siqueira Mendes, esquina com Travessa Félix Roque. Em detalhe, Casa Rosada - Belém/PA.



                 Vista da Ladeira do Castelo. Ao fundo, Museu Forte do Presépio e Espaço Cultural Casa das Onze Janelas - Belém/PA



Igreja de Nossa Senhora do Carmo - Nave Central e Altar-mor. Belém/PA.






Grupo Jovem de Pesquisa em Patrimônio Cultural - Escadarias do Museu de Arte de Belém - Palácio Antônio Lemos - Belém/PA.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Percorrendo Belém: São José Liberto

A cidade de Belém possui um vasto patrimônio material arquitetônico, que representam diversos contextos históricos do passado e que por meio deles, é possível compreender a história da cidade. Dessa forma, iremos conhecer, de forma breve, um pouco da história do que hoje conhecemos como São José Liberto, que nele está inserido o Museu de Gemas e a Casa do Artesão.

Para entender o Museu de Gemas, é importante saber que o local ainda é conhecido como São José. Possui diversas camadas históricas, com diversos contextos e funções ao longo do tempo. Para ser o que é hoje, o espaço passou por diversas etapas em um longo processo de mudanças, não apenas na sua utilização, mas nas construções de significados que recebeu.

Com o falecimento do 13° Capitão-Mor em 15 de maio de 1697, foi deixado um testamento para os frades da Piedade com os seus bens. Entre eles, um terreno que estava construída uma ermida (capela pequena situada em local afastado da cidade). Com a posse dos frades sobre a terra em 1749, se inicia a construção do convento, sua função inicial até a expulsão dos religiosos de Belém.

Em 1758 os frades foram expulsos e o convento passou à administração do governo. Passou a ser deposito de pólvora, depois um quartel que abrigou um exercito de pedestres, que podemos entender como uma guarda de patrulha. Posteriormente um esquadrão da cavalaria. Também funcionou como olaria, que forneceu material para as construções da época. É possível visualizar o local do antigo forno dentro do Museu de Gemas, porém não existe nada comprovado de que o que se chama de antigo forno, realmente seja o mesmo enquanto o espaço funcionou como olaria.

Em 1835, durante a Cabanagem, o São José foi utilizado como hospital em razão da epidemia de varíola que ocorria em Belém. Foi somente em 1843 que se deu inicio a função mais duradoura, começava os primeiros contornos de cadeia publica e em 1943 de presidio que durou até 1998 com uma grande rebelião dos detentos.

Durante 128 anos, o São José funcionou como cadeia pública com a função de abrigar os que cometiam crimes. Foi o período mais turbulento, com grandes crises carcerárias e rebeliões que faziam parte do cotidiano da sociedade, principalmente ao longo dos anos de 1990. Terminado dessa forma com um grande motim em 1998. Com a desativação do presidio, foi iniciada a nova e atual fase do prédio, o Polo Joalheiro que se tornou uma grande referencia cultural, turística e econômica, por ser uma grande casa de vendas de joias artesanais do Estado do Pará.

Entretanto, ainda é possível identificar rastros do período enquanto presídio, como as salas hoje ocupadas para venda, em que as grades lembram as celas. A mais significativa é a cela cinzeiro, um pequeno espaço que foi utilizado entre os anos de 1950 e 1970 para isolamento dos presos.

Com um breve histórico, está aberto o convite para conhecer mais sobre o Espaço São José Liberto e a história da cidade de Belém.

Referências:
Histórico do Espaço São José Liberto. Disponível em:
<http://espacosaojoseliberto.blogspot.com.br/> Acessado em 21 de janeiro de 2016. 


COELHO, Alan Watrin. São José Liberto, Joias e Artesanato do Pará. Pesquisa histórica acerca do Presídio São José. Belém. 2002

Fotos: arquivo pessoal


Espaço São José Liberto
Jardim da liberdade: local de tensão durante os anos de presídio e que hoje faz referencia  a beleza do espaço. 

Cela "cinzeiro" guarda objetos utilizados para punição e a foto do assaltante de bancos José Augusto Viana David que marcou a ultima rebelião no Presidio. 

domingo, 17 de janeiro de 2016

Impressões

Após a posse e consolidação do Grupo de Pesquisa do DPHAC, fomos levados a uma rica e detalhada visita monitorada no Museu do Estado do Pará – MEP. Na visita técnica foi possível perceber o valor histórico e memorial que o monumento possui, em muitas vezes por falta de um olhar atento não percebemos tamanho valor.

Ao pensar no Museu do Estado do Pará logo somos levados a observar a arquitetura, nas grandes colunas e na influência artística que recebeu para ser construído. Entretanto, o prédio histórico guarda minucias do passado, de uma cultura, de uma mentalidade e de valores do tempo passado. Podem parecer curiosidades da história, mas são objetos de estudo de grande importância.

É o que podemos ver na namoradeira, objeto que integra o museu (FOTO 1). A namoradeira, como o nome já sugere, era situada na sala da casa onde o casal deveria namorar. No suporte era colocada uma vela que necessitava de alguém para “segurar” a vela, vigiando o casal durante o namoro. Está aí a origem do ditado popular que conhecemos e que parece tão natural: “estou segurando a vela de vocês”.

Outro objeto é a escrivaninha e que muito chama a atenção pela sofisticação na produção, que mostra um belo acabamento em madeira e mostrando o trabalho artístico minucioso e de um impressionante preparo em sua confecção. São dois pequenos exemplos que refletem muito mais do que podemos imaginar que o Museu do Estado do Pará guarda em seu interior.


Foi possível compreender alguns valores e comportamentos do âmbito social paraense no século XIX, analisando através de objetos que aparentemente não dizem nada, mas que refletem aspectos da mentalidade paraense do período o que gera movimento nas relações culturais entre ambos e provando a sua extrema interação. 

FOTO 1




FOTO 2 















quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Diálogos com o patrimônio



Um grande passo foi dado para a ampliação e divulgação dos debates sobre Patrimônio Cultural em Belém do Pará. Com a consolidação do grupo Jovem de Pesquisa em Patrimônio Cultural, foi iniciada uma nova fase de contribuição para a valorização da cultura material e imaterial, através do compartilhamento das discussões acadêmicas que poderão impactar a sociedade de forma benéfica.

Fiquei extremamente feliz pela grande quantidade de alunos dos semestres iniciais do curso de História da Universidade da Amazônia – UNAMA, o que mostra o amadurecimento e comprometimento pela pesquisa. Certamente, daqui a alguns semestres veremos novas pesquisas, problemáticas sobre o tema, sendo construídas ao longo do projeto em dialogo.

Conforme a fala da diretora do DPHAC (DPHAC: Departamento do Patrimônio Histórico Artístico Cultural), Thais Toscano, durante a abertura do projeto, uma pequena conversa em grupo pode ser mais importante que grandes eventos, plantar pequenas sementes que gerarão grandes frutos. É dessa forma que vejo a iniciativa do projeto, de intensificar o debate sobre patrimônio em que novos trabalhos serão gerados para beneficiar o conhecimento acadêmico.

O interesse em participar do projeto surgiu em função do meu projeto de pesquisa no trabalho de conclusão de curso que é voltado para o espaço São José Liberto, em busca de aprendizado para enriquecer a temática cada vez mais. Brevemente irei publicar um histórico para que conheçamos a história de Belém através do espaço São José Liberto em suas diversas funções históricas e despertando a curiosidade em conhecê-lo em visitas.


Dessa forma, está iniciado o grupo jovem de pesquisa e de diálogos em patrimônio, com novos debates, discussões a cerca do patrimônio e suas peculiaridades. 


Belle Époque

Belle Époque

    O período da Belle Époque no Brasil ficou conhecido como Belle Époque Brasileira ou Belle Époque Tropical. Foi um período artístico, cultural e politico do Brasil que teve inicio ao fim do império.
    No Brasil, diferente de outros países se deu principalmente e duas regiões mais prosperas do pais naquele período: a região cafeeira São Paulo e a região do ciclo da borracha Amazonas, Rondônia e Pará.
    A Belle Époque na Amazônia teve seu inicio em 1871, principalmente nas cidades de Belém e Manaus. O modelo de urbanização moderno foi inspirado na Europa, principalmente na França, foi reproduzido em Belém durante a administração do intendente Antonio Jose de Lemos com construção de praças, bosques, mercados, calçamento de ruas, politicas de saneamento rigorosas.
    Durante o seculo XIX Belém teve grandes avanços  em relação a outras cidades na região. Vivera seu apogeu nos anos de 1890 e 1920, com grande edifícios luxuosos.
   Belém era dominada por um francesismo, especialmente no aspecto intelectual, ressaltando assim sua ligação com as principais cidades europeias, com uma grande relação cultural com França. Para o entretenimento da sociedade da época foram buscar companhias artísticas na França, em Portugal e no Rio de Janeiro, oram aproximadamente cerca de 126 espetáculos que se apresentaram na cidade.
    Varias casas de diversão fora construídas na cidade durante esse período como o Café Chic, Café da Paz, Moulin Rouge, Chat Noir, Café Madri e Café Riche.

Teatro da Paz


Cine Olímpia: Inaugurado em 1912, o local era frequentado pela pequena sociedade burguesa. Durante as sessões das sextas-feiras do Cinema Olímpia os coronéis da borracha levavam suas cocottes (prostitutas de luxo), que trajavam seus vestidos que mandavam buscar na Europa.



Grand Hotel, foi demolido para dar lugar ao prédio que abrigou o Hotel Hilton e hoje é o Hotel Princesa Louçã.

A Conquista do Rio Amazonas


Um dos destaques do Museu do Estado do Pará é a tela histórica denominada A Conquista do Amazonas, que tem ao centro a figura de Pedro Teixeira, segurando uma bandeira branca com uma cruz vermelha.
Sua expedição de reconhecimento e conquista do Rio Amazonas é retratado neste documentário.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Primeiro Encontro do Grupo

Com a ocorrência do primeiro encontro junto com a posse da turma de Pesquisa em Patrimônio Cultural, tive o privilégio de conhecer os coordenadores e companheiros do projeto que irão desenvolver esta pesquisa ao longo do ano de 2016, foi bom ouvi-los, saber as perspectivas, o que pensam e como aplicar o conhecimento adquirido. Após nos reunirmos e conversarmos, fizemos um passeio pelos dependências do Palácio Lauro Sodré, sede do Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP) e pudemos conhecer um pouco mais a respeito da história do palácio, entender o local onde algumas figuras importantes do nosso estado moraram - antiga casa dos governadores -, conhecer a biblioteca, observar algumas obras e informações do arquiteto Antônio Landi, saber um pouco mais sobre a Cabanagem, observar a arquitetura de algumas salas e ter informações mais detalhadas sobre a obra de Antônio Parreiras: A Conquista do Amazonas, 1907. Em suma, o primeiro contato foi bem legal, eu curti a oportunidade que tive e espero ansiosamente pelo próximo encontro. Segue abaixo alguns registros feitos:

Posse da primeira turma

Hoje foi a posse da primeira turma do grupo, composta pelos alunos do curso de História da Unama, parceira do Dphac, e mais um aluno de museologia da Ufpa, que se adiantou e se inscreveu logo.
A turma é:
Glenda Leal
Danilo Nery
Felipe Gustavo
Karoline Veloso
Beatriz Reis
Celso Gomes Júnior
Vitor Oliveira
Claudyr Cartagenes
Jhonatan Ribeiro
Zayra Fonseca
Andrey Leão

Vem participar do grupo, que está com edital aberto até 19 de fevereiro! Mande uma mensagem para jovempatrimonio@gmail.com que encaminharemos as informações.